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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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O cauteleiro

Frederico de Brito / Júlio de Sousa *fado loucura*
Repertório de Manuel Fernandes


Sem ter norte, nem ter lar
Dizem p’ra aí que dá sorte
O que é p’ra mim tanto azar
É loucura que eu desdenho
O ter que andar à procura
Da pouca sorte que eu tenho

E sem carinho
Pelas ruas e vielas
Apregoando as cautelas
Vou seguindo o meu caminho
E quem me ouve 
Cantarolar esta moda:
É o mil duzentos e quarenta e nove
Que amanhã é que anda a roda

Sente a vibrar como um fado
O pregão do desgraçado

Se um malvado ri de mim
Não vê que eu, sendo aleijado
Minh’alma não é assim
Quem na sorte ri dos mais
Não se lembra que na morte
Todos nós somos iguais

Esta estrofe não foi gravada
Deus aos pobres sempre ajuda
Valem mais p’ra mim uns cobres
Que p’ra muitos a taluda
A pobreza não me importa
Trago nas mãos a riqueza
Que foge da minha porta