Repertótio de António Vasco Moraes
Ficou no calor da cama
Acesa como uma chama
A lembrança dos sentidos
Ficou o cheiro e o sabor
Daquela noite de amor
Nos nossos corpos doridos
Ficou paixão e carinho
Dentro dos lençóis de linho
Revoltos, amarrotados
E num canto de memória
Revoltos, amarrotados
E num canto de memória
Só eu guardo dessa história
Os sentimentos rasgados
Os lençóis ficaram frios
Os sentimentos rasgados
Os lençóis ficaram frios
Os sentimentos vazios
Afinal o que sobrou?
O amor envelheceu
Afinal o que sobrou?
O amor envelheceu
A paixão arrefeceu
Do nada nada restou
Não guardo rancor nem mágoa
Do nada nada restou
Não guardo rancor nem mágoa
Sou como a corrente d’água
Que procura o mar salgado
Porque é de sal o meu pranto
Que procura o mar salgado
Porque é de sal o meu pranto
Porque é de paz o seu manto
Não lhe interessa o meu passado
Não lhe interessa o meu passado