Repertório
de Celeste Rodrigues
A vida pôs-me um xaile sobre os ombros
Deu-me um ar amargurado
Disse que eu era fadista
E pôs-me na alma, um fado
E eu canto a minha vida
Com o meu xaile traçado
E vou cantando a saudade
De coisas que nunca vi
Tristezas e desenganos
De amores que nunca vivi
De amores que nunca vivi
E sempre com o meu xaile traçado
Em cruz, sobre o coração
No meu destino fadista
N meu ar amargurado
Eu não queria que o meu fado
Fosse só recordação
Eu queria um fado que desse
Nova expressão ao meu fado
Porque o meu fado merece
Não ser apenas passado