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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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* 7.300' LETRAS <> 3.120.500 VISITAS * MARÇO 2024 *

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Quadras

De Jorge Rosa
Desconheço se algumas destas quadras foram gravadas.
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado


Se alguém pudesse juntar
Pelo céu, estrelas aos molhos
Não arranjava brilhar
Que ofuscasse o dos teus olhos

P’ra jogares com o coração
Tens fortuna e tens beleza
Com esses trunfos na mão
Ganhas com toda a certeza

Com o Ás de Copas, cuidado
Se o jogares, toma atenção
Dá sempre mau resultado
Pôr em jogo um coração

Por causa duns negros olhos
Por causa dum negro olhar
Andam meus dias mais negros
Que uma noite sem luar

Gosto da noite sem lua
Gosto da noite sem nada
Triste, negra, fria e nua
Como a minh’alma penada

Nunca entendi na verdade
O que vale essa afeição
Não sei se amor, se amizade
Piedade ou gratidão

Repara, não há diferença
No peso do nosso amar
Pesa-te tanto a indiferença
Como pesa o meu gostar

Quis mandar-te novidades
Escrever-te notícias minhas
Mas na carta, só saudades
Encheram todas as linhas

Estrelas de longe, luzentes
Se ao meu bem o pranto ouvistes
Secai os seus olhos tristes
Que eu não sei fazer contentes

Se a tristeza que há no mundo
Se juntasse, com certeza
Não era maior tristeza
Que a do meu penar profundo

Pois a dor em que me afundo
Na saudade foi acesa
Que não há, tenho a certeza!
Remédio p’ra mal tão fundo

Santo António de Lisboa
Dá despacho ao meu pedido
E arranja-me uma pessoa
A quem eu chame marido

Santo António e São João
Mais São Pedro, quem diria
Os três de arquinho e balão
Transformam a noite em dia

Mês de Junho é mês de festa
Que em Lisboa não tem par
Não há festa como esta
P’ra Santo António louvar

Meu Santo, Santo Antoninho
Dá-me um milagre, por esmola
Faz com que cheguem cedinho
As férias grandes da escola