Repertório de Carlos Macedo
Só tu sabes fiar dias sem hora
Numa roca de cansaços
Erguer quatro paredes no teu mundo
Com o linho dos teus braços
O mundo é a tua casa e deve ter
Alicerces tão profundos
Que não te sobra tempo p’ra saber
D’outros mundos que há lá fora
Dona de casa
Quantas rugas tem o ano
A noite insiste em dizer
A noite insiste em dizer
Que só dormes por engano
Dona de casa
E dona da solidão
Que te vê envelhecer
Que te vê envelhecer
Entre a cama e o fogão
Dona de casa
A quantos queiram saber
Qual a tua profissão
Qual a tua profissão
Responde; apenas mulher
Os teus silêncios são gritos do amor
Que não fazes mas consentes
E as lágrimas que escondes são o berço
Duma espera permanente
Ninguém te diz que é teu o coração
Que sustenta o universo
E a terra se desloca em rotação
Porque gira em teu redor
Os teus silêncios são gritos do amor
Que não fazes mas consentes
E as lágrimas que escondes são o berço
Duma espera permanente
Ninguém te diz que é teu o coração
Que sustenta o universo
E a terra se desloca em rotação
Porque gira em teu redor