Repertório
de Afonso Oliveira
Quando
olho para trás
Sinto
a dor de quem trabalha
Sem
nada poder escolher
Nem
mesmo a voz que o comanda;
O
sentido da palavra
O
mal de ter ou não ter
Passei
ao lado
Da canção que não cantava
Dos
fados que me ensinaram
E
por amor estou aqui
Passei
ao lado
Das coisas que eu sonhava
Quando
ninguém me afirmava
Deves
seguir por aí
Nasci
num porto
Que me deu a aventura
E
consentiu a ternura
Dum
novo amanhecer
E
eu falava
Com a margem do meu Tejo
Pedindo
que desse um beijo
À
força do meu querer
Olho
a luz que me rodeia
No
acender da candeia
Que
me faz continuar;
Então
agora é verdade,
Aquilo
que se semeia
Pode
ser o meu cantar