Escrita a pedido do diretor da “Voz de Portugal”
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Morou na Rua da Rosa
A Mariquinhas do fado
Que teve alma e coração
Foi mais linda do que airosa
E teve um quarto alugado
Na rua do Capelão
Criou fama, cantou fados
Pelos becos e travessas
E apesar do porte rude
Soube remir os pecados
Cumprindo as suas promessas
Soube remir os pecados
Cumprindo as suas promessas
À Senhora da Saúde
Dava-se bem na balbúrdia
E o seu corpo de mulher
Dava-se bem na balbúrdia
E o seu corpo de mulher
Nunca temia a navalha
Por isso, às vezes, na estúrdia
Trocava um conde qualquer
Por isso, às vezes, na estúrdia
Trocava um conde qualquer
Por qualquer outro canalha
Mesmo assim, olhava o céu
Pedindo pela filhinha
Mesmo assim, olhava o céu
Pedindo pela filhinha
Que era a sua luz do dia
Que era pura como o véu
Que cobre aquela santinha
Que era pura como o véu
Que cobre aquela santinha
Da Capelinha da Guia
Já se foi a enterrar
Quem me contou tudo isto
Já se foi a enterrar
Quem me contou tudo isto
Sem falar nas tabuinhas
Dizem que prá mãe salvar
Foi noiva de Jesus Cristo
Dizem que prá mãe salvar
Foi noiva de Jesus Cristo
A filha da Mariquinhas