Destinada ao repertório de Deonilde Gouveia, esta letra foi gravada por
Tristão da Silva e também por Manuel de Almeida
No dia em que tu nasceste
São Pedro os anjos contou
Mas nunca soube o destino
Dum anjo que lhe faltou
Manhã, caíam as horas
Dos sinos das abadias
Cantavam as cotovias
Cantavam as cotovias
Alegres, madrugadoras
O sol estendeu as mãos louras
O sol estendeu as mãos louras
Por toda a amplidão celeste
Nunca um dia como este
Nunca um dia como este
Bruniu tanto os horizontes
Cantavam todas as fontes
No dia em que tu nasceste
As estrelas – as moedas
Cantavam todas as fontes
No dia em que tu nasceste
As estrelas – as moedas
Que Deus pelo céu entorna
Fugiram com a luz morna
Fugiram com a luz morna
Do sol já em labaredas
Nas celestiais alamedas
Nas celestiais alamedas
Um bando de anjos pairou
Traquinou, depois voou
Traquinou, depois voou
Na luminosa amplidão
Pelo sim e pelo não
São Pedro, os anjos contou
Meu filho, que de embaraços
Pelo sim e pelo não
São Pedro, os anjos contou
Meu filho, que de embaraços
Tu causaste lá no céu
Mas ‘inda bem, porque és meu
Mas ‘inda bem, porque és meu
E já não sais dos meus braços
Só Deus sabe dos teus passos
Só Deus sabe dos teus passos
Foi ele quem te guiou
Agora já te não dou
Agora já te não dou
Nossa Senhora, também
Já sabe que sou a mãe (a)
Dum anjo que lhe faltou
Vasculha-se o infinito
Já sabe que sou a mãe (a)
Dum anjo que lhe faltou
Vasculha-se o infinito
E o anjo não aparece
São Pedro quase enlouquece
São Pedro quase enlouquece
P’la fuga do pequenito
Santo António, muito aflito
Santo António, muito aflito
Agarra-se ao Deus-Menino
São João, num desatino
São João, num desatino
Discorda da diabrura
São Pedro ainda o procura
Mas nunca soube o destino
(a) obviamente que na versão de Tristão e Manuel de Almeida
São Pedro ainda o procura
Mas nunca soube o destino
(a) obviamente que na versão de Tristão e Manuel de Almeida
onde o poeta escreveu (sou a mãe) os intérpretes substituíram
por (sou o pai)