Mário Rainho / Fontes Rocha
Repertório de Tânia Oleiro
Dizem que Lisboa agora
Vive em estado de pecado
Pois a cidade namora
Com um velho chamado fado
Dou a quem fala um conselho
Deixem-na andar à toa
Com aquele a quem chamam velho
E é mais novo que Lisboa
Namorou sem leis
Esta Lisboa velhinha
Com Duques, Condes e Reis
Na muralha Fernandina;
Mas p’ró que lhe deu
Cair d'amores e agrado
Na cantiga dum plebeu
Um tipo chamado Fado
Idades, o amor não escolhe
É assim que diz o povo
Lisboa, os ombros, encolhe
Por ter um homem mais novo
E desde que o conheceu
Vai com ele p’ra todo lado
Foi amor que aconteceu
Entre Lisboa e o Fado