Letra de Alberto Janes
Desconheço se esta letra foi gravada.
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível.
A minha casa é aquela que se vê
De todas a mais branquinha
Pode não ser a mais bela, acho que é
Se calhar por ser a minha
As janelas enfeitadas de rosinhas
Um quintalinho, uma horta
Duas parreiras armadas
E cachos d’uvas douradas
São o telhado da porta
Toda a gente logo pára, quando passa
Por qualquer coisa que sente
Como uma espécie de graça que esvoaça
Em redor do ambiente
Dá pinceladas de brasa
O Sol, a tudo o que avista
Mas ali na minha casa
Mas ali na minha casa
É que o Sol é mais artista
Da minha casa p’ra lá, é o final
Porque ali o mar começa
E perguntam-nos o que há em Portugal
Que o Sol perde a cabeça
É porque ele ao caminhar, quando nos deixa
É sempre com o desgosto
Do rapaz que vai p’ró mar
Pode um dia não voltar
Lá das águas do Sol posto
Então vai-nos entregando em suas teias
Por não querer levar p’ró mar
Rubis de luz nas aldeias às mãos cheias
Com que a gente anda a brincar