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Estrela da tarde

Ary dos Santos / Fernando Tordo
Repertório de Carlos do Carmo


Era a tarde mais longa
De todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti
Tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde tão tarde
Que a boca tardando-lhe o beijo, morria
Quando à boca da noite
Surgiste na tarde, qual rosa tardia

Quando nós nos olhamos
Tardamos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficamos, unidos
Ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde
Que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais
Para haver outra noite
Para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e
E o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria 
Ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza


Foi a noite mais bela
De todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite
De beijos e aromas se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos
Cansados, não adormeceram
E da estrada mais linda da noite
Uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites
Que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites
Que nos precederam
Era a noite mais clara
Daqueles que à noite se deram
E entre os braços da noite
De tanto se amarem
Vivendo, morreram

Eu não sei meu amor
Se o que digo é ternura
Se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço
E acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste
Dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste
Despida de mágoa e de espanto
Meu amor... nunca é tarde nem cedo
Para quem se quer tanto