Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Um dia fui-me sentar
À beira do mar salgado
Nisto, ouvi a voz do mar
Com a terra conversar
Sobre as coisas do passado
Que é das tuas caravelas
Que há muito não tenho visto?
Como ‘inda me lembro delas
Como ‘inda me lembro delas
Traziam sempre nas velas
A bendita Cruz de Cristo
Parece que ainda as vejo
Parece que ainda as vejo
Tão soberbas, tão galhardas
Saindo a barra do Tejo
Saindo a barra do Tejo
Impondo um simples desejo
Pelas bocas das bombardas
Como elas iam então
Como elas iam então
Todas nimbadas de luz
Desde o Brasil a Ceilão
Desde o Brasil a Ceilão
Da Terra-Nova ao Japão
E de Macau a Ormuz
Nisto o mar olhou a terra
E de Macau a Ormuz
Nisto o mar olhou a terra
Estremeceu de surpresa
Altivo, como uma serra
Altivo, como uma serra
Passava um barco de guerra
Da Marinha Portuguesa
Da Marinha Portuguesa