Repertório de João Braga
Estou cansado de ser
Esta rua parada
De mortos a dormir
Onde guardo o que posso
E onde canto o que é nosso
Ou aprendo o silêncio
De mortos a dormir
Onde guardo o que posso
E onde canto o que é nosso
Ou aprendo o silêncio
Que não deixa fugir
Estou cansado de ouvir
Estou cansado de ouvir
As notícias mais frias
Que inventam o calor
Estou cansada e por isso
Dá-me tu pelo menos
A paz do teu amor
Estou cansado de ver
Que inventam o calor
Estou cansada e por isso
Dá-me tu pelo menos
A paz do teu amor
Estou cansado de ver
As paredes pintadas
Com as tintas do vento
Onde nunca estarei
Com as tintas do vento
Onde nunca estarei
Porque a noite é uma lei
Que só se pode amar
Por trás do pensamento
Estou cansado de ter
Que só se pode amar
Por trás do pensamento
Estou cansado de ter
Os dias entre os dias
Que fingem ter valor
Estou cansado e por isso
Dá-me tu pelo menos
A paz do teu amor
Dá-me o sol da manhã
Essa esperança bendita
De ter fome a sorrir
Onde corto o que posso
E onde canto o que é nosso
Apesar deste mundo
O tentar impedir
Dá-me o breve resguardo
Desta canção que eu guardo
Com honesto pudor
E embora o ódio fale
Que tudo em mim não cale
A paz do teu amor
Que fingem ter valor
Estou cansado e por isso
Dá-me tu pelo menos
A paz do teu amor
Dá-me o sol da manhã
Essa esperança bendita
De ter fome a sorrir
Onde corto o que posso
E onde canto o que é nosso
Apesar deste mundo
O tentar impedir
Dá-me o breve resguardo
Desta canção que eu guardo
Com honesto pudor
E embora o ódio fale
Que tudo em mim não cale
A paz do teu amor