Repertório de Aldina Duarte
Quando se ama loucamente
Nada existe doutra forma
Tudo no seu peso incerto
Todo o rasgo de um motivo
De olhos num sorriso aberto
Dando o corpo ao esquecimento
Como um tronco na corrente
Quando o sangue corre à frente
Não há corações ao alto
Vivos numa nuvem de éter
Rebolando pela estrada
Embalados no cansaço
Poros desse espaço aberto
De quem ama loucamente
Mesmo que o desejo abrande
Nunca se vai apagar
Nunca lhe ganhaste o jogo
Em todo este tempo
Não percas mais tempo a tentar