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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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Disfarce

Motes de Carlos Conde e Marco Oliveira / Glosas de Marco Oliveira
3a estrofe Fernando Farinha / Filipe Pinto *fado meia noite*
Repertório de Marco Oliveira com António Rocha 

Eu já não sei o que sinto 
Cada vez que falam dela
É um ódio que eu consinto 
Que venha esperar por ela

Falam d’amor e desminto 
Quase tudo foi em vão
Mas se volta a solidão 
Eu já não sei o que sinto

Às vezes é um disfarce 
O ódio que a gente sente
É a saudade a lembrar-se 
De quem se esquece da gente

Há quem queira mascarar-se 
Com risos de felicidade
O riso não tem verdade 
Às vezes é um disfarce

Já chorei e foi por ela 
Que tão cedo m’esqueceu
E digo; pra mim morreu 
Cada vez que falam dela

Quem me vê, sabe que minto 
Se eu disser que não estou triste
Mas aquilo que persiste 
É um ódio que eu consinto

Quando o amor se mostra ardente
Não julgues ter mais valor
Às vezes tem mais amor 
O ódio que a gente sente

Às vezes, o criticar-se 
Alguém a quem se quis bem
Não é ódio nem desdém 
É a saudade a lembrar-se

Há sempre alguém que vê nela 
Tristeza como a ninguém
Há-de sentir o desdém 
Que venha esperar por ela

Tudo é simples e aparente 
Mas a maior crueldade
É nós sentirmos saudade 
De quem se esquece da gente