Repertório de Ana Moura
Trago este fado de viver intensamente
No peito a chama que há-de sempre arder
Gaivota em terra, tempestade iminente
De cruz ao peito, não há nada que temer
Bordei palavras e signos na pele
E deixei lágrimas à mercê da sorte
Os meus segredos não rimam no papel
E até rendida eu não me dou à morte
Tenho uma janela aberta
No meu peito, escancarada
De ferro forjado, não te piques a entrar
Eu vou esconder-me por trás
Da renda branca, bordada
E pelo rio dos meus olhos navegar
Ó Santo António, ensina-me os limites
Desta vivência eterna num segundo
Para os meus olhos não brilharem sempre tristes
E o coração não andar tão moribundo
Pois neste fado dispenso normalidades
E vivo o instante como se não houvesse fim
Eu me apaixono por pessoas e cidades
E hei-de morrer deste amor que nasce em mim
Trago este fado de viver intensamente
No peito a chama que há-de sempre arder
Gaivota em terra, tempestade iminente
De cruz ao peito, não há nada que temer
Bordei palavras e signos na pele
E deixei lágrimas à mercê da sorte
Os meus segredos não rimam no papel
E até rendida eu não me dou à morte
Tenho uma janela aberta
No meu peito, escancarada
De ferro forjado, não te piques a entrar
Eu vou esconder-me por trás
Da renda branca, bordada
E pelo rio dos meus olhos navegar
Ó Santo António, ensina-me os limites
Desta vivência eterna num segundo
Para os meus olhos não brilharem sempre tristes
E o coração não andar tão moribundo
Pois neste fado dispenso normalidades
E vivo o instante como se não houvesse fim
Eu me apaixono por pessoas e cidades
E hei-de morrer deste amor que nasce em mim