Publicada no jornal Guitarra de Portugal, Ano XVII, 25 de Junho de 1938
Dedicada a Linhares Barbosa e à sua “Guitarra”
Transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Um dia de aniversário
Entre sorrisos leais
É uma chama sagrada
Que se eleva em espirais
Os anos passam correndo
Numa vertigem de enganos
E enquanto correm os anos
Vamos nós envelhecendo;
As forças vão-se perdendo
Nas escarpas do Calvário
Onde o doido, o visionário
Não vê, em sua doidice;
Que é um passo prá velhice
Um dia de aniversário
As horas vão de fugida
Os dias, não os sentimos
Mas, são degraus que subimos
Na grande torre da vida;
Quando de fronte pendida
P’las incertezas brutais
Contamos um ano a mais
E a família nos festeja;
Até o tempo nos beija
Entre sorrisos leais
Na infância, ou na mocidade
Não nos vence quase nunca
A cruenta garra adunca
Da cruel fatalidade;
Mas chegando à meia-idade
Em que seguimos na estrada
De espinhos atapetada
Dizemos, com sacrifício;
Que um dia de natalício
É uma chama sagrada
Sendo assim, vou-te envolver
Guitarra de Portugal”
Num sincero e fraternal
Abraço de enternecer;
E se alguém vier dizer
Que és pequenina demais
Direi que nas catedrais
Sendo subtil é imenso;
O leve fumo do incenso
Que se eleva em espirais
Transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Um dia de aniversário
Entre sorrisos leais
É uma chama sagrada
Que se eleva em espirais
Os anos passam correndo
Numa vertigem de enganos
E enquanto correm os anos
Vamos nós envelhecendo;
As forças vão-se perdendo
Nas escarpas do Calvário
Onde o doido, o visionário
Não vê, em sua doidice;
Que é um passo prá velhice
Um dia de aniversário
As horas vão de fugida
Os dias, não os sentimos
Mas, são degraus que subimos
Na grande torre da vida;
Quando de fronte pendida
P’las incertezas brutais
Contamos um ano a mais
E a família nos festeja;
Até o tempo nos beija
Entre sorrisos leais
Na infância, ou na mocidade
Não nos vence quase nunca
A cruenta garra adunca
Da cruel fatalidade;
Mas chegando à meia-idade
Em que seguimos na estrada
De espinhos atapetada
Dizemos, com sacrifício;
Que um dia de natalício
É uma chama sagrada
Sendo assim, vou-te envolver
Guitarra de Portugal”
Num sincero e fraternal
Abraço de enternecer;
E se alguém vier dizer
Que és pequenina demais
Direi que nas catedrais
Sendo subtil é imenso;
O leve fumo do incenso
Que se eleva em espirais