Letra de Isidoro de Oliveira
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Ao longo da encosta alcantilado
O povo a pouco e pouco construiu
Entre estreitas vielas sem passado
Um modesto mas belo casario
Que desce do Castelo até ao rio
Quando mercê do rei conquistador
Lisboa ficou livre da moirama
À sombra do castelo protetor
O velho casario já tinha fama
E era conhecido por Alfama
Do Tejo pelas rotas do Infante
Partem frotas abrindo as suas velas
Esse povo de Alfama mareante
Diz adeus aos seus becos e vielas
Embarca e faz-se ao mar nas caravelas
Na ausência há a mentira e a verdade
Há a virtude heróica e o pecado
Na virtude o amor é a saudade
Na mentira é ódio ao ser amado
Mas saudade ou ciúme, é sempre fado