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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os criadores dos temas aqui apresentados.
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Tenho vindo a publicar letras (de autores que já partiram) sem indicação de intérpretes ou compositores na esperança de obter informações detalhadas sobre os temas.
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Vergéis de sonho

Letra de Henrique Rego
Desconheço se esta letra foi gravada. 
Publico-a na esperança de obter informação credível
Transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Letra publicada no jornal Guitarra de Portugal de 30 de Abril de 1936

Foi uma rosa, lânguida e vermelha
Que em tempos vi, num dúlcido vergel
Abrir as folhas para que uma abelha
Perdidamente lhe libasse o mel

Pouco depois a delicada rosa
Taça divina duma cor purpúrea
Foi pela brisa, branda e vaporosa
Beijada com mil beijos de luxúria

Fui junto dela e acarinhei de leve
As veludíneas pétalas de encanto
E em seu nectário vi cair, em breve
Límpidas gotas dum orvalho santo

Anoiteceu!... e no vergel tranquilo
Já não zumbia a diligente abelha
Poisei, então, meus lábios em sigilo
Naquela rosa lânguida e vermelha

Votei à flor esta sagrada jura,
Que hei-de cumprir com muita devoção
Ao amor e aos enlevos da natura
Abrir de par em par meu coração