Repertório de Fernando Farinha
O jovem chauffeur de praça
Dono e senhor da cidade
A buzinar e a refilar por todos passa
Como uma flecha, sempre em louca velocidade
Quando apanha um passageiro
Se o serviço não lhe agrada
Torce o nariz, ele aí vai caminho inteiro
Metendo todas as mudanças à pancada
O rapaz do táxi
Tal como a guiar
Conduz sua vida
Conduz sua vida
Sem nunca afrouxar
Tem pé vigoroso
Tem pé vigoroso
Firmeza na mão
Faz frente ao destino
Faz frente ao destino
Sem meter travão
O rapaz do táxi
Tem motor no peito
Tanto anda nas curvas
Tanto anda nas curvas
Como anda a direito
A vida é malvada
A vida é malvada
E jamais melhora
Se não fôr levada
Se não fôr levada
Sempre a cem á hora
O jovem chauffeur de praça
Mal começa a entardecer
Se fez a folha, já ninguém, ninguém o caça
Até á hora em que o colega o vem render
Ao balcão dum velho bar
Entre um bagaço e um café
Fuma um cigarro e lê a Bola, até chegar
Sua miúda que trabalha ali ao pé
O jovem chauffeur de praça
Mal começa a entardecer
Se fez a folha, já ninguém, ninguém o caça
Até á hora em que o colega o vem render
Ao balcão dum velho bar
Entre um bagaço e um café
Fuma um cigarro e lê a Bola, até chegar
Sua miúda que trabalha ali ao pé