Repertório do autor
O Cristo inerte preso na cruz
A luz da vela que o reduz
A sombra triste
Na parede entrecortada
Dos lábios solta-se, indulgente
A prece inútil do não crente
Entre palavras
Dos lábios solta-se, indulgente
A prece inútil do não crente
Entre palavras
Que por si não dizem nada
Não fui eu, não fui eu
Não deixei a porta aberta
Não fui eu, não fui eu
Ficou-me a casa deserta
Há como um fugidio rumor
De passos, no corredor
Induzem na minh'alma
Não fui eu, não fui eu
Não deixei a porta aberta
Não fui eu, não fui eu
Ficou-me a casa deserta
Há como um fugidio rumor
De passos, no corredor
Induzem na minh'alma
dor da esperança vã
Sinais do tempo a humedecer
A voz que teima em enrouquecer
E o corpo dorido pela noite no divã
Como esta febre me destrói
Perdido amor, quanto me dói
Desceste em mim
Sinais do tempo a humedecer
A voz que teima em enrouquecer
E o corpo dorido pela noite no divã
Como esta febre me destrói
Perdido amor, quanto me dói
Desceste em mim
O cruel manto da tristeza
Em cada noite morro, amor
Que a solidão faz-me maior
Mal amanhece
Em cada noite morro, amor
Que a solidão faz-me maior
Mal amanhece
E volta o medo que anoiteça