Filipa Tavares / António Almeida
Repertório de Filipa Tavares
Fala o decadente
À velha e ao inocente
Que o sonho já morreu
Que o amanhã se foi
Não há lugar p’ra mais gente
Fala o ditador
À multidão com fervor
Fala o doutor
Também o professor
Não há lugar p’ra mais gente
Vou vivendo assim
Entre o mau e o ruim
Desde o princípio ao fim
Não há lugar para mim;
Vais andando assim
Entre o mau e o ruim
Desde o princípio ao fim
Não há lugar para ti
Fala o canalha
Que tece na sua teia
No fio duma navalha
O adeus a quem trabalha
Não há lugar p’ra mais gente
Fala um à multidão
Que em surdina
Recebe ao seu pão
Um não e a resposta é então
Não há lugar p’ra mais gente