Repertório
de Pedro Moutinho
Nasceu
no Largo da Graça
E a gente pergunta ao vê-la
Se ela tem nome de praça
Ou a praça o nome dela
Mora no Largo da Graça
E a gente pergunta ao vê-la
Se ela tem nome de praça
Ou a praça o nome dela
Mora no Largo da Graça
É Graça tão engraçada
Que a gente, quando ela passa
Que a gente, quando ela passa
Já não vê graça em mais nada
Às vezes ela não passa
Às vezes ela não passa
Mas já ninguém se acostuma
A que o Largo que é da Graça
A que o Largo que é da Graça
Fique sem graça nenhuma
Pois faça a gente o que faça
Pois faça a gente o que faça
Não se acha graça a ninguém
Se o próprio Largo da Graça
Se o próprio Largo da Graça
Sem Graça, graça não tem
Eu também fico sem graça
Eu também fico sem graça
Se p’ra meu bem ou meu mal
Ando às voltas pela praça
Ando às voltas pela praça
E da Graça nem sinal
Pergunto então a quem passa
Pergunto então a quem passa
Quando se riem de mim:
Mas onde é que está a Graça?
Mas onde é que está a Graça?
Que graça tem isto assim?
E oiço logo a ameaça
E oiço logo a ameaça
De sofrer grande castigo
Se Deus me fizer a graça
Se Deus me fizer a graça
Da Graça engraçar comigo
Deus também sai a ganhar
Deus também sai a ganhar
Caso o milagre se faça
Mil graças a Deus vou dar
Mil graças a Deus vou dar
Em troca daquela Graça
Nem que seja p’ra desgraça
Nem que seja p’ra desgraça
Para a Graça não perder
Acho que vou achar graça
Acho que vou achar graça
Ficar no Largo a viver
Nem
que seja p’ra desgraça
Da Graça é que tu não sais
Graça do Largo da Graça
Graça do Largo da Graça
Não te largo nunca mais