Repertório
de Carlos Leitão
Os
olhos deslumbrados pela loucura
Ao
verem as searas desmaiadas
Imploram
entre lábios de doçura
A
morte de tão tristes madrugadas
Arrasta-se
um silêncio mal tratado
Urgente,
nesta sede de esquecer
E
fica mais de mim, abandonado
E
caio à escassa fome de viver
Nos
campos onde o corpo tem sentença
Há
gritos de dois braços junto ao céu
Suplicando
o fim em recompensa
Por
tudo o que quisera a se perdeu
Mereço
a tua imagem pelo trigo
A
lonjura do amor que já não vi
O
choro, meu amor, é o meu castigo
Porque
afinal, fui eu que te perdi