Repertório de Maria da Fé
Madrugadas, marés vazias
De bocas mudas e frias
Errantes pela cidade
Sopra o vento num açoite
Faz mais ternuras à noite
Mais amarga esta saudade
Sou nome que ninguém chama
Breve lençol duma cama
Que não conhece a paixão
Sou estrela sem ter céu
Sou aspecto que morreu
Sou estrela sem ter céu
Sou aspecto que morreu
No grito desta razão
Meu fado não tem alento
Meu fado não tem alento
Triste pedaço de vento
Que sopra de serra em serra
Sou um fado doutro fado
Sou um canto magoado
Sou um fado doutro fado
Sou um canto magoado
Sou um fruto desta terra