-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

. . .

7090 LETRAS <> 3.082.000 VISITAS em FEVEREIRO 2024

. . .

Morada aberta

Carlos Tê / Rui Veloso
Repertório de Mariza

Diz-me o rio que conheço
Como não conheço a mim
Quanta mágoa vai correr
Até o desamor ter fim

Tu nem me ouves lanceiro
Por entre vales e montes
Matando a sede ao salgueiro  
Lavando a alma das fontes

Vi o meu amor partir 
Num comboio de vaidades
Foi á procura do mundo 
No carrossel das cidades

Onde o viver é folgado 
E dizem, não há solidão
Mas eu no meu descampado
Não tenho essa ilusão

Se eu fosse nuvem branca 
E não um farrapo de gente
Vertia-me aguaceiro 
Dentro da tua corrente

E assim corria sem dor 
Sem de mim querer saber
E como tu, nesse rumor
Amava sem me perder

Vai rio, que se faz tarde 
Para chegares a parte incerta
Espalha por esses montes 
Que tenho morada aberta