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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os criadores dos temas aqui apresentados.
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Tenho vindo a publicar letras (de autores que já partiram) sem indicação de intérpretes ou compositores na esperança de obter informações detalhadas sobre os temas.
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Bairro Alto velhinho

Silva Tavares / António Melo
Repertório de Filipe Duarte


De noite eu não falto ao meu Bairro Alto
Sem ruas d’asfalto, nem prédios modernos
Cada passo dado me lembra o passado
De que resta o fado d’encantos eternos

Mas hoje os fadistas, tornados artistas
Cantam nas revistas por dinheiro e glória
Trajam só do fino, por bom figurino
E a boca de sino já passou à história

Ai, pobre fadista antigo
Chora baixinho comigo
O que o progresso matou
E ao Bairro Alto velhinho
Quando surge em teu caminho
Diz-lhe assim, como eu te digo
Sua bênção, meu avô


Já não há pregões, e à luz dos lampiões
Já não há brigões que assustem a gente
Nas ruas pacatas, adeus zaragatas
Adeus serenatas como antigamente

Se o Fado é cantado como no passado
Vê-se que do fado não há quem se farte
Com boa garganta qualquer nos encanta
Mas já ninguém canta por amor à arte