Repertório
de Nano Vieira
Quem
canta seu mal espanta / alegremente
Diz
o povo e com razão / este ditado
Quando
vibra na garganta / de quem sente
E
transmite ao coração / um terno fado
Não
me canso de dizer / nem cansarei
Tanta
vez, eu sei lá quanta / estou ciente
Mas
cá no meu entender / sempre direi
Quem
canta seu mal espanta / alegremente
Em
criança ouvi alguém / a murmurar
Com
uma certa emoção / estou lembrado
Quanta
vez canta uma mãe / p’ra não chorar
Diz
o povo e com razão / este ditado
Também
se canta ao luar / lendas tão belas
Poemas
que nos encantam / simplesmente
Aos
mistérios que há no mar / e às estrelas
Quando
vibra na garganta / de quem sente
Todos
cantam, bem ou mal / isso q’importa
Se
em tudo isto há paixão / não é pecado
É
um prazer sentimental / que nos conforta
E
transmite ao coração / um terno fado