Repertório de Manuel Delindro
Bate de chapa o luar
Na casinha onde tu moras
É decerto o teu olhar
Que me vai fintando as horas
Quantas noites, hora morta
Passa a guitarra na rua
A saudade bate à porta
Parece mais triste a lua
Guitarradas, guitarradas
Tristes no seu soluçar
São almas crucificadas
Numa noite sem luar
Puseram-te o nome Rosa
E talvez por ser assim
Te mostras tão orgulhosa
Nem sequer olhas p’ra mim
Se tens vidro no telhado
Pedras não vou atirar
Olha bem o teu pecado
E deixa os outros pecar