Eduardo Pinto Basto / José Fontes Rocha
Repertório de João Braga
Como se o mar se exprimisse, fui à janela e disse
Disse ao mar de tempestade
Disse ao mar de calmaria, ao horizonte sem fim
Disse a palavra alegria
A este mar que há em mim
Como se fosse infinito, disse, à janela, um grito
Disse ao mar toda a verdade
Feita de ondas e espuma, de ventos, sal e areias
Não és mar, coisa nenhuma
Senão mar nas minhas veias
O mar que já sei de cor, parece à noite maior
Um grande mar de saudade
Onde este vento que solta o mar e a caravela
Traz a alegria de volta
Ao mar da minha janela