Repertório
de Maria do Rosário Bettencourt
Verdes
campos, verde vida
Toda a campina florida
De repente escureceu
Fez-se noite em toda a parte
E porque o sonho não parte
Fiquei só apenas eu
Uma certeza me déste / E nela o sabor agreste
Da sina que foi traçada
A parra do azevinho / Já nasce trazendo espinho
E morre quando pisada
E morre porque não sabe / Que alguma parte lhe cabe
De tanta coisa perdida
Algo mais amargo e doce / E sempre, se mais não fosse
Verdes campos, verde vida
Nada tenho, resta apenas / Esta roupagem de penas
Mais pobre que um pobrezinho
Mas quando a morte chegar / Eu sei que posso voltar
Ao verde do meu caminho
Toda a campina florida
De repente escureceu
Fez-se noite em toda a parte
E porque o sonho não parte
Fiquei só apenas eu
Uma certeza me déste / E nela o sabor agreste
Da sina que foi traçada
A parra do azevinho / Já nasce trazendo espinho
E morre quando pisada
E morre porque não sabe / Que alguma parte lhe cabe
De tanta coisa perdida
Algo mais amargo e doce / E sempre, se mais não fosse
Verdes campos, verde vida
Nada tenho, resta apenas / Esta roupagem de penas
Mais pobre que um pobrezinho
Mas quando a morte chegar / Eu sei que posso voltar
Ao verde do meu caminho