Repertório de Eduardo Falcão
O fado não pertence à Madragoa
A Alfama ou à Mouraria
Esses bairros de Lisboa
O fado, sentimento sem igual
Nasceu no meu país
Pertence a Portugal;
Canção que no meu peito ecoa
Canção que a minha voz entoa
São tantas vozes que dizem do fado
Tantos os bairros que o querem p´ra si
Rezava assim, um fadista magoado
Cantador velho, tão triste a cansado
Que em sua voz só saudade senti
Falou de tempos passados
Cantigas de antigamente
Da guitarra, seus trinados
Da voz que canta dolente
Tanta vaidade p´los tempos, agora
Tantos artistas de modo gingão
Dizia ainda o fadista de outrora
Rosto trigueiro, uma face que chora
Olhos de mar que buscam a solidão
Agora que está na moda
Não há bairro que o não queira
Nos salões da alta roda
Entrou, à sua maneira
Canção que a minha voz entoa
São tantas vozes que dizem do fado
Tantos os bairros que o querem p´ra si
Rezava assim, um fadista magoado
Cantador velho, tão triste a cansado
Que em sua voz só saudade senti
Falou de tempos passados
Cantigas de antigamente
Da guitarra, seus trinados
Da voz que canta dolente
Tanta vaidade p´los tempos, agora
Tantos artistas de modo gingão
Dizia ainda o fadista de outrora
Rosto trigueiro, uma face que chora
Olhos de mar que buscam a solidão
Agora que está na moda
Não há bairro que o não queira
Nos salões da alta roda
Entrou, à sua maneira