Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Tenho cravos à janela
Violetas no quintal
Quem tem flores tem amores
Nas terras de Portugal
Vem comigo Joaninha
Joaninha d’olhos verdes
Pois não sabes quanto perdes
Pois não sabes quanto perdes
Em não ver essa casinha;
Toda a beleza se aninha
Toda a beleza se aninha
Em redor e dentro dela
E para enfeitar-te, donzela
E para enfeitar-te, donzela
Teu colo de espuma e rosas;
De pétalas cetinosas
Tenho cravos à janela
Fica perto duma fonte
De pétalas cetinosas
Tenho cravos à janela
Fica perto duma fonte
De água límpida, cantante
E que canta a todo o instante
E que canta a todo o instante
As odes de Anacreonte;
Não há ninguém que te aponte
Não há ninguém que te aponte
Neste meu torrão natal
Casinha mais divinal
Casinha mais divinal
E que tenha com mais graça;
Entre o trevo que se enlaça
Violetas no quintal
Quatro casinhas pequenas
Entre o trevo que se enlaça
Violetas no quintal
Quatro casinhas pequenas
A minha casinha tem
Mas há poemas, também
Mas há poemas, também
Com quatro versos, apenas;
Goivos, dálias, açucenas
Goivos, dálias, açucenas
Num labirinto de cores
Engrinaldam, dão frescores
Engrinaldam, dão frescores
À minha alegre vivenda;
Que tem por simples legenda
Quem tem flores tem amores
Já no teu olhar diviso
Que tem por simples legenda
Quem tem flores tem amores
Já no teu olhar diviso
Que deves vê-la, decerto
Como um paraíso aberto
Como um paraíso aberto
No terrestre paraíso;
Até mesmo profetizo
Até mesmo profetizo
Que o nosso amor, sem igual
Nessa casinha ideal
Nessa casinha ideal
De imaculada brancura;
Há-de vibrar de ventura
Nas terras de Portugal
Há-de vibrar de ventura
Nas terras de Portugal