Repertório de Alfredo Marceneiro
Eu tenho um sonho doirado
Sonho que minha alma quer
Que é morrer cantando o fado
Nos braços de uma mulher
Que importa que digam mal
Do meu lirismo romântico
E que censurem o meu pecado
E que censurem o meu pecado
Amoroso sensual
Eu só desejo afinal
Eu só desejo afinal
Uma boca rosicler
Ou então ouvir gemer
Ou então ouvir gemer
Uma guitarra em doce anel
É este um sonho tão belo
Sonho que a minha alma quer
As mais rudes penitências
É este um sonho tão belo
Sonho que a minha alma quer
As mais rudes penitências
Que a sorte me pode dar
É não poder alcançar
É não poder alcançar
Do amor puras essências
Assim sofrendo inclemências
Assim sofrendo inclemências
Ao ver-se repudiado
Meu coração magoado
Meu coração magoado
Um só desejo inspira
É chorar ao som da lira
É morrer cantando o fado
Morrer dizendo os meus versos
É chorar ao som da lira
É morrer cantando o fado
Morrer dizendo os meus versos
É isto que peço a Deus
Envolvendo os olhos meus
Envolvendo os olhos meus
Nuns olhos lindos, perversos
Beijos doirados, diversos
Beijos doirados, diversos
Meu ser lascivo requer
E quando a morte vier
E quando a morte vier
Gelar enfim o meu sangue
Eu quero expirar exangue
Nos braços de uma mulher
Eu quero expirar exangue
Nos braços de uma mulher