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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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Lá chegaremos

Letra de João da Mata
Desconheço se esta letra foi gravada.
Transcrevo-a na esperança de obter informação credivel

Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Tradicional*


Noutros tempos, os fadistas
Que a si próprios se fizeram
Não se diziam artistas
E na verdade não o eram

Sabiam quanto valiam 
E cantavam por cantar
Do seu lugar não saíam 
Cada qual em seu lugar

Nos palanques dos cafés 
Ou nas tabernas bairristas
Só quem punha lá os pés 
Eram eles, os fadistas

Mas, hoje… o diabo a quatro 
Tudo está modificado
Fadistas, vão p’ra o teatro 
Artistas, vêm para o Fado

E vão criando raízes 
Estas loucas costumeiras
Cantandeiras são actrizes 
Actrizes são cantadeiras

Por este andar, não admira 
Que inda vejamos um dia
Alves da Cunha e Palmira 
Nas tascas da Mouraria

E, ver-se um grande letreiro 
P’las ruas da Capital
Hoje Alfredo Marceneiro 
No Teatro Nacional