Repertório de Hermínia Silva no filme Aldeia da Roupa Branca / 1939
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*
tão fresca a melancia
Como a boca da mulher
Nas tardes de romaria
Rapazes é que é beber;
Chega a gente ao fim do dia
Sem dar p’lo anoitecer
É para esquecer, é para aquecer
Que assim a beber
Tu me vês a vida inteira
Como a boca da mulher
Nas tardes de romaria
Rapazes é que é beber;
Chega a gente ao fim do dia
Sem dar p’lo anoitecer
É para esquecer, é para aquecer
Que assim a beber
Tu me vês a vida inteira
Com este copo na mão
Quem tem de sofrer
Mais vale beber até poder ter
O sangue duma videira
Quem tem de sofrer
Mais vale beber até poder ter
O sangue duma videira
Cá dentro do coração
Ó tristeza vai-te embora
Que a vida passa a correr
Se não te alegras agora
Quando é que o hás-de fazer;
Bota vinho a toda a hora
Canta, canta até poder
Se calha haver zaragata
Com um freguês que tem mau vinho
P’ra não estragar a frescata
É dizer-lhe com jeitinho;
Bebe lá mais meia lata
Vá lá mais um pastelinho
Ó tristeza vai-te embora
Que a vida passa a correr
Se não te alegras agora
Quando é que o hás-de fazer;
Bota vinho a toda a hora
Canta, canta até poder
Se calha haver zaragata
Com um freguês que tem mau vinho
P’ra não estragar a frescata
É dizer-lhe com jeitinho;
Bebe lá mais meia lata
Vá lá mais um pastelinho