Repertório de Carlos Mendes
Pereira
Vida, que vida é a nossa
Feita de escolhos, sem porto
De gaivotas sem voar
Já não há sonhos que eu possa
Sonhar, nesse sonho morto
Que matamos a sonhar
Passou triste a claridade
Dessa madrugada fria
Em que o mar nasceu p’ra nós
E voltou nua a verdade
Verdade que o mar dizia
Para além da sua voz
Mar que foi meu pensamento
Gaivota que foste um dia
Incertezas que cruzamos
Praias perdidas no vento
Tarde negra, negra e fria
Em que nós mudos ficamos