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Pelo tempo das cerejas

Poema de Mário Rainho em homenagem á Diva

Com que voz, Alma gentil
Te chorar em despedida
Minha Gaivota de O'Neill
De
Estranha forma de vida

Barco negro que hoje abraça 
O cais vazio de ti
Trova do vento que passa 
Disse-te adeus e morri

Amália, Asas fechadas 
Como nos mata este frio
Num choro de águas geladas 
Povo que lavas no rio

Amália de todos nós 
Conta a Deus quanto desejas
Renascer em alma e voz 
Pelo tempo das cerejas

Teu xaile, outrora no chão 
Estende-se á noite p'los céus
Cansaço ou Libertação 
Foi por vontade de Deus

Numa Prece entrego á lua 
Esta Lágrima em segredo
Pois o sol da tua rua 
Deita-se agora mais cedo

Boa nova, Ai Mouraria 
Canta essa Rosa tirana
Que por ti em romaria 
Havemos de ir a Viana

Vou dar de beber á dor 
Numa taça de ternura
Amêndoa amarga, licor 
Ó meu limão de amargura