Repertório de Daniel Gouveia
Homem velho do Restelo
A resmungar p’las esquinas
Desastres e maldições
És patriarca do zelo
A ver coisas pequeninas
És patriarca do zelo
A ver coisas pequeninas
E a destruir ilusões
Tuas sensatas palavras
Filhas do medo inventado
Tuas sensatas palavras
Filhas do medo inventado
Cortam cabos de aventura
E as forças ficam escravas
Sujeitas a novo fado
E as forças ficam escravas
Sujeitas a novo fado
Só com notas de amargura
Pões a cidade a chorar
Sentida dor p’las colinas
Pões a cidade a chorar
Sentida dor p’las colinas
Só porque é marinheira
E sempre que olhas o mar
Falas de pragas e sinas
E sempre que olhas o mar
Falas de pragas e sinas
Que são tua sementeira
Porém um dia há-de vir
De caravelas paradas
Porém um dia há-de vir
De caravelas paradas
Quando tudo for memória
E a cidade há-de sentir
Que as ilusões embarcadas
E a cidade há-de sentir
Que as ilusões embarcadas
Fizeram a sua história