*tango da morte*
Silva Tavares / Armandinho e Vasco Macedo
Criação de Maria das Neves / Repertório de Maria Alice
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Que importa que a perdida
Que vive na viela
Já farta de tal vida
Acabe enfim com ela?
Fingir que a sorte existe
Isso é que já me enjoa
E porque a vida é triste
É que acho a morte boa
Lá no céu azul sem fim
Não existe para mim
Essa doce boa estrela
Que segundo se apregoa
Acompanha uma pessoa
Quando a sorte anda com ela
Eu só no escuro
Dum beco é que uma vez
Senti num beijo impuro
Não sei que embriaguez
E amei esse homem tanto
Tão cega, Deus me valha
Que até vi nele um santo
Quando ele era um canalha
Foi ele, a quem eu dava
Cheiinha de alegria
Aquilo que ganhava
E o corpo que vendia
Quem me ensinou que a vida
Co’a morte é que se arruma
Deixando-me perdida
P’ra ir perder mais uma