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Lisboa à vista

Amadeu do Vale / Tavares Belo
Repertório de Alberto Ribeiro

Venham ver Lisboa 
Debruçada sobre o mar
Como sobre uma lagoa para o beijar
Mal desponta o dia 
Na cidade, a confusão
Nasce a nova melodia duma canção

O sol a brilhar é o nosso supremo bem
Céu igual, nenhuma cidade tem
Cidade que o mar vem namorar 
À noite ao sol-pôr
Cidade onde a luz mais nos seduz 
E o céu tem mais cor

Céu de cristal e de marfim
Num manto divinal 
De opala e de cetim
E à luz do luar a sedução
Do Tejo a murmurar 
Baixinho, uma canção

Lisboa gracil cheia de cor
Não tens igual, não
Oh dona gentil do meu amor 
E do meu coração

Surge em ti, Lisboa
Um presépio singular
Que Deus pôs ali à toa
Junto do mar
Sempre altiva e bel
Eis a Torre de Belém
Manuelina sentinela 
Que o amor detém

Já vejo além a Ajuda
Singela flor
Que ainda tem encanto de rosa e cor
Surge o bairro então 
Que na afeição 'inda não tem par
A contrariar, que jovial graça nos vem dar

Nosso olhar surgiu gentil
Tal qual sobre o altar 
A estrela senhoril
São Jorge enfim, e mais além
A Graça dos sem fim
Que graça que ela tem

D’Alfama avistei pálida flor 
Que não tem par não
Tal bairro a quem dei louco 
De amor todo o meu coração