Letra e música de João Vasconcellos e Sá
Repertório de António Pinto Basto c/ Paula Varela Cid
Olha amor toma lá este raminho
É do monte, é do monte e cheira bem
Quem lá for e não traga um bocadinho
Ai não tem, não tem amor a ninguém
Vai crescendo o saramago
Embaraçado no trigo
Eu queria ser saramago
Para abraçar-me contigo
Mesmo assim de brincadeira
Tua sorte era infeliz
Minha mãe é mondadeira
Punha-te ao sol a raiz
Amanhas com todo o jeito
As terras do malhadio
Só este amor no meu peito
Deixas ficar em bravio
Quem no teu peito semeia
Tem que colher com certeza
Só três sementes e meia
Nem sequer paga a despesa
Já por ti não dou um passo
Atrás de ti já não vou
Antes seguir o retraço
Por onde a vara passou
Meu amor tem bom amanho
Tudo arranjado à sua escolha
Tem polvilhal no rebanho
E uma seara na folha
Tem pezunho o polvilhal
E a seara vai ruim
Minha riqueza afinal
Está mesmo em frente de mim