Lera e música de Frei Hermano da Câmara
Repertório do autor
Esta paixão que nasceu na primavera
Já deixou de ser o que era
Meu coração, ao ver-me assim satisfeito
Punha-se aos saltos no peito
Num turbilhão
E agora já nada resta
Que uma tristeza funesta, pelo chão
Vejo a sombra da alegria
Na minh`alma morre o dia
Cai a noite e a escuridão
E quando canto ao som triste da guitarra
Fico preso pela amarra dum profundo sentimento
E canto tanto que o meu coração amigo
Quer também cantar comigo e aumenta o meu sofrimento
Uma ilusão que eu pensei que estava morta
Veio bater à minha porta, por compaixão
Quis-se sentar a meu lado
Cantou comigo este fado
Com emoção
Mas finalmente ao saber
Que eu já não quero viver
Meu coraçãovai batendo devagar
E até que eu queira parar
Vou rezando esta oração
Quando esta dor vir meus dias apagados
E estes meus olhos fechados
Braços em cruz sobre o peito
Ó meu amor, nesse dia tão medonho
Pede a Deus um outro sonho
Porque este já está desfeito