Repertório de Carlos do Carmo
Em nome dos que sofrem, dos que choram
Dos que acendem na noite o facho da revolta
E que de noite morrem
Com a esperança nos olhos e arames em volta
Em nome dos que sonham com palavras
De amor e paz, que nunca foram ditas
Em nome dos que choram em silêncio
E rezam em silêncio
E estendem *em silêncio* as mãos aflitas
Em nome dos que pedem em segredo
A esmola que os humilha e destrói
E devoram as lágrimas e o medo
Quando a fome lhes dói
Em nome dos que dormem ao relento
Numa cama de chuva com lençóis de vento
O sono da miséria, terrível e profundo;
Em nome dos teus filhos que esqueceste
Filho de Deus que nunca nasceste
Volta outra vez ao mundo
Em nome dos que sonham com palavras
De amor e paz, que nunca foram ditas
Em nome dos que choram em silêncio
E rezam em silêncio
E estendem *em silêncio* as mãos aflitas
Em nome dos que pedem em segredo
A esmola que os humilha e destrói
E devoram as lágrimas e o medo
Quando a fome lhes dói
Em nome dos que dormem ao relento
Numa cama de chuva com lençóis de vento
O sono da miséria, terrível e profundo;
Em nome dos teus filhos que esqueceste
Filho de Deus que nunca nasceste
Volta outra vez ao mundo