Maria Manuel Cid / Georgino de Sousa
Repertório de António de Noronha
Toureiro que entras na arena
Tua figura serena
Vai ao encontro da morte
O teu coração padece
Rezando a Deus uma prece
Que dê sorte à tua sorte
E dessa prece sentida
Vai depender tua vida
Da divina proteção
Enquanto dura a faena
A praça fica pequena
E grande o teu coração
Toureiro, quanta virtude
Há nessa calma que ilude
A nobreza do teu porte
Em cada ferro dos teus
Pedes baixinho a Deus
Que dê sorte à tua sorte
E quando a sorte não falha
Quando a alegria se espalha
É já longa a tua prece
Por ter poupado a vida
Ao terminar a corrida
Rezando a Deus, agradece