Declamado e registado em vídeo por Américo Pereira
Ali, ao dobrar da esquina
Apreciando a beleza
Duma jovial menina
Duma jovial menina
De raça bem portuguesa;
Reparei que a natureza
Reparei que a natureza
Tem coisas intemporais
Que talvez sejam normais
Que talvez sejam normais
Para quem pouco conhece;
Porém, a mim me parece
Porém, a mim me parece
Que a natureza destina
Uma luz quase divina
Uma luz quase divina
Que quase sempre escurece;
E quando o tempo amanhece
E quando o tempo amanhece
Da forma mais genuína
Qualquer sol desaparece
Ali ao dobrar da esquina
Ali ao dobrar do tempo
Qualquer sol desaparece
Ali ao dobrar da esquina
Ali ao dobrar do tempo
Temendo o tempo que vinha
Reparei quanto é mesquinha
Reparei quanto é mesquinha
A alma do pensamento;
Tão frágil é o momento
Tão frágil é o momento
Em que as vidas se desatam
E por vezes se maltratam
E por vezes se maltratam
Com a dor do sofrimento;
P’la falta de sentimento
P’la falta de sentimento
Há sorrisos de negrura
O sol é de pouca dura
O sol é de pouca dura
A lua é raro sustento;
Enquanto no firmamento
Enquanto no firmamento
Uma estrela chora triste
Porque pouco ou nada existe
Ali ao dobrar do tempo
Ali ao dobrar da vida
Porque pouco ou nada existe
Ali ao dobrar do tempo
Ali ao dobrar da vida
Projetada para a morte
Reparei o quanto é forte
Reparei o quanto é forte
A memória da partida;
Ai sorte... maldita sorte
Ai sorte... maldita sorte
Que andas de mim fugida
Desviando-me do norte
Ali ao dobrar da vida
Desviando-me do norte
Ali ao dobrar da vida