Desconheço se esta letra foi gravada.
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Tradicional*
Este meu xaile velhinho
Sobre os meus ombros traçado
Tem palmilhado o caminho
Que eu já palmilhei no Fado
Não o deixo um só momento
Sobre os meus ombros traçado
Tem palmilhado o caminho
Que eu já palmilhei no Fado
Não o deixo um só momento
É meu conselheiro e guia
Conto-lhe o meu sofrimento
Conto-lhe o meu sofrimento
Conto-lhe a minha alegria
Põe meu peito em alvoroço
Põe meu peito em alvoroço
Põe minha alma a vibrar
Sem ele, cantar não posso
Sem ele, cantar não posso
Sem ele, não sei cantar
É o meu maior amigo
É o meu maior amigo
Na alegria ou desventura
Quando eu morrer vai comigo
Quando eu morrer vai comigo
Para a minha sepultura
Se eu pudesse, bem à vista
Se eu pudesse, bem à vista
Na minha campa gravava
Aqui jaz uma fadista
Aqui jaz uma fadista
E o xaile com que cantava