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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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Chinelas da Mouraria

Linhares Barbosa / Santos Moreira 
Versão do repertório de Carlos Ramos 

Chinelas da Mouraria 
Não há vida como a delas 
Baquetas em harmonia 
Tamborilando as vielas 

Felizes ou malfadadas 
Podem ser p'la vida fora 
Porque elas marcam, coitadas 
Os passos que uma mulher 
Dá na vida, hora a hora 

Vão atrás da procissão 
Têm o rufar dos tambores 
Solenes pelo caminho 
Sentem que ao pisar o chão 
Pisam as humildes flores 
De alfazema e rosmaninho 

É vê-las nos bailaricos 
Estalinhos de Santo António 
Não fazem mais algazarra 
São como dois mafarricos 
Nos pezinhos dum demónio 
Que no amor se desgarra 

Conta-se que certa vez 
Numa castiça toirada 
Uma chinela atirada 
Feriu a cara do Marquês 

Desde então, desde essa era 
Com verdade ou fantasia 
A chinela da Severa 
Entrou na história do fado 
Do fado da Mouraria