*do desprezo, da ironia*
Autor: Silva Tavares
Do livro Quem Canta, 1923Versos transcritos do livro editado pela
Academia da Guitarra e do Fado
Se é certo estar-te doendo
O coração, sinto bem
Que já se viva sofrendo
Daquilo que se não tem
D’andar contigo um mês todo
Pasmam pessoas amigas
Mas quem se atasca no lodo
Não sai com duas cantigas
Agora já não há meio
De reviver nosso amor
De graça, seria feio
Pagando, tenho melhor
Qu’importa que tu agora
Tenhas outro em meu lugar?
Aquilo que deito fora
Qualquer pode arrecadar
Já chorou por não ter cama
Tem carruagem, já ri
Ri, mas salpica de lama
Quem passa junto de si
Estava-te o padre casando
Disse alguém, nesse momento
Vão do batismo tratando
Deixem lá o casamento
Diga o mundo o que quiser
Mas, quer em casa ou nas ruas
Melhor do que uma mulher
Não há nada, como duas
Se é certo estar-te doendo
O coração, sinto bem
Que já se viva sofrendo
Daquilo que se não tem
D’andar contigo um mês todo
Pasmam pessoas amigas
Mas quem se atasca no lodo
Não sai com duas cantigas
Agora já não há meio
De reviver nosso amor
De graça, seria feio
Pagando, tenho melhor
Qu’importa que tu agora
Tenhas outro em meu lugar?
Aquilo que deito fora
Qualquer pode arrecadar
Já chorou por não ter cama
Tem carruagem, já ri
Ri, mas salpica de lama
Quem passa junto de si
Estava-te o padre casando
Disse alguém, nesse momento
Vão do batismo tratando
Deixem lá o casamento
Diga o mundo o que quiser
Mas, quer em casa ou nas ruas
Melhor do que uma mulher
Não há nada, como duas