Letra de Manuel de Andrade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Nessas ruelas bizarras
Onde trinavam guitarras
Conheci há muitos anos
Um boémio, um vagabundo
Que na vida, a correr mundo
Espalhava seus desenganos
Tinha um ar afidalgado
Que naquele rosto enrugado
Se expressava debilmente
Olhar vago de saudade
Contido pela infelicidade
Sempre a sorrir tristemente
Tinha a história bem comprida
Dessa experiência vivida
De quem vive a correr mundo
Passeava a horas mortas
Pelas toscas ruas tortas
Era assim o vagabundo